HISTORIA DO COOPERATIVISMO

A semente do sistema econômico do Cooperativismo foi lançada em dezembro de 1844 por um grupo de 28 tecelões da cidade de Rochdale, na região de Manchester, na Inglaterra. 27 tecelões e uma tecelã inconformados com o progresso das fábricas e seus lucros, enquanto os operários enfrentavam longas jornadas de trabalho e baixa remuneração, esse grupo decidiu ajuntar, por mês, uma libra cada um e fundar uma cooperativa.

No dia 21 de dezembro de 1844 eles criaram uma cooperativa de consumo, que se chamou “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale” surgida pela necessidade de atuação no mercado, não visando o lucro, mas sim o bem-estar daquela comunidade. O grupo desejava uma vida mais digna como pessoas e acreditava que isso seria possível. Com cuidado, planejaram tudo. Abriram um armazém cooperativo com gêneros de primeira necessidade e idealizaram uma série de procedimentos para ocupar mão-de-obra desempregada, para organizar a produção e distribuição de bens, para comprar e adquirir casas e educar os associados dentro do espírito cooperativista.  Através desta cooperativa os associados tinham acesso à compra de alimentos, sem depender dos grandes comerciantes. Todo o funcionamento era orientado por princípios, que eram assumidos e respeitados por todos os associados. Esses princípios foram tão fortes e tão válidos, que até hoje, passados mais de 150 anos, influenciam todo o movimento cooperativista.

Os comerciantes locais, mesmo curiosos e preocupados com a possível concorrência, não acreditaram na idéia daqueles tecelões. Porém, no final do primeiro ano de atividade, o capital integralizado daquela primeira cooperativa de consumo havia evoluído de 28 para 180 libras. Dez anos depois, o número de associados chegava a 1.400 e o exemplo daqueles 28 tecelões era copiado em vários países da Europa, avançando pelo mundo afora.

Na Itália, Luigi Luzzatti implementava um exemplo semelhante, valorizando o senso de responsabilidade dos sócios e reforçando a idéia da ajuda mútua, da solidariedade. Avançando, as práticas do Cooperativismo chegaram às Américas. Inicialmente pelo Canadá, onde Alphonse Desjardins fundou a primeira cooperativa de crédito mútuo, envolvendo pessoas de uma mesma categoria profissional.

A França foi o berço das primeiras Cooperativas de trabalho. Influenciados pelos ideais dos ingleses de Rochdale, eis que surge a primeira cooperativa de trabalho, em Paris, que tinham por finalidade, confeccionar os uniformes da Guarda Nacional.

Criada em 1895, A. C. I. – Aliança Cooperativa Internacional, associação não-governamental e independente, reúne, representa e presta apoio às Cooperativas e suas correspondentes organizações, objetivando a integração, autonomia e desenvolvimento do Cooperativismo. Foi umas das primeiras organizações não governamentais a ter uma cadeira na ONU – Organização das Nações Unidas. Atualmente sediada em Genebra, Suíça, que para orgulho dos brasileiros, tem na sua presidência o Professor Roberto Rodrigues, o primeiro não europeu a assumir esse cargo em mais de 100 anos de existência da organização. A sede da A.C.I no Brasil fica na OCESP – Organização da Cooperativas do Estado de São Paulo.

INÍCIO DO COOPERATIVISMO NO BRASIL

Em 1847, inicia-se o movimento cooperativista no Brasil, quando o médico Francês Jean Maurice Faivre, juntamente um grupo de europeus criou a colônia Tereza Cristina no interior do Paraná, organizada em bases cooperativistas, contribuindo na memória coletiva como elemento formador do florescente cooperativismo brasileiro.

Representando todo sistema cooperativista do Brasil, a OCB – organização das Cooperativas do Brasil, constituída no dia 2 de dezembro de 1969, durante o IV Congresso Brasileiro de Cooperativismo, que tem por objetivo principal, o fortalecimento do Cooperativismo.

SÍMBOLOS DO COOPERATIVISMO

Pinheiros: Antigamente o pinheiro era tido como um símbolo da imortalidade e da fecundidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na sua multiplicação. Os pinheiros unidos são mais resistentes e ressaltam a força e a capacidade de expansão.

Círculo: representa a eternidade, pois não tem horizonte final, nem começo, nem fim.

Verde: Lembra as árvores – princípio vital da natureza e a necessidade de se manter o equilíbrio como meio-ambiente.

Amarelo: simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor.